“A liberdade de imprensa é uma consequência necessária da soberania do povo como ela é compreendida na América” (Alexis de Tocqueville em "A democracia na América", de 1835).
Saudações.
Divulgar documentos secretos do governo dos EUA, primeiro sobre a agressão no Oriente Médio e, agora, desvendando a arrogância e prepotência da diplomacia dirigida por Hillary Clinton.
Esse foi o crime do portal WikiLeaks.
A solução, como de costume, veio através da calúnia, do uso da força e da coerção de Washington sobre os servidores de Internet.
Para Chomsky "a diplomacia dos EUA não é honesta nem confiável".
Acrescente "hipócrita" a essa definição - ou alguém aí já se esqueceu que no começo deste ano, quando o portal de buscas Google entrou em conflito com o governo da China ao infringir as leis desta nação, a secretária de Estado Hillary Clinton parecia indignada quando pregava a plena liberdade da internet em todo o mundo?
A liberdade de imprensa é uma conquista da democracia moderna. É um princípio que precisa ser defendido pelos trabalhadores e pelos democratas de todas as partes. Nas condições atuais, uma enorme restrição a ela é o domínio da mídia por grandes monopólios, que enredam jornais, revistas, rádio e televisão numa espúria teia de interesses que enlaça governos conservadores e os interesses do grande capital e transformam suas publicações em instrumentos de manipulação política.
Nos EUA localizam-se os principais servidores da internet. Usando a “liberdade de imprensa” no sentido restritivo indicado por Benjamin Franklin (para quem “a liberdade de imprensa é a liberdade de quem tem uma (prensa)”, o governo de Washington confirma ser uma ameaça para a livre manifestação do pensamento e para a liberdade de publicação em todo o mundo.
Subordinar publicações na internet aos interesses geopolíticos dos EUA e para ocultar seus segredos de Estado passa a ser uma nova modalidade de ameaça à democracia que se junta às outras que, de lá, infelicitam o mundo – como as agressões militares, pressões econômicas, restrições políticas etc.
Onde estão os “campeões” da liberdade de imprensa quando o governo de Washingon investe contra a difusão de documentos incômodos?
Esses mesmos “campeões”, quando se trata de governos como os de Hu Jintao, Mahmoud Ahmadinejad, Fidel Castro, Hugo Chávez, Cristina Kirchner, Evo Morales, Lula ou a candidata Dilma Rousseff, são implacáveis defensores da divulgação de qualquer segredo, mesmo aqueles inventados pela própria conspiração midiática. E, quando estes governos se defendem das mentiras e calúnias veiculadas pela mídia patronal, são acusados de ameaçar a liberdade de imprensa. Onde está a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) e sua afetada indignação quando a restrição à publicação de documentos parte de Washington?
Esses mesmos “campeões”, quando se trata de governos como os de Hu Jintao, Mahmoud Ahmadinejad, Fidel Castro, Hugo Chávez, Cristina Kirchner, Evo Morales, Lula ou a candidata Dilma Rousseff, são implacáveis defensores da divulgação de qualquer segredo, mesmo aqueles inventados pela própria conspiração midiática. E, quando estes governos se defendem das mentiras e calúnias veiculadas pela mídia patronal, são acusados de ameaçar a liberdade de imprensa. Onde está a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) e sua afetada indignação quando a restrição à publicação de documentos parte de Washington?
O espaço da liberdade na rede mundial é aquele que caminha junto aos interesses das potências, das elites, das grandes corporações e interesses, ou pelo menos não os confronta diretamente de forma global.
Voltem-se contra esses senhores e tornem-se inimigos públicos número 1 da liberdade, da democracia e dos valores.
Liberdade de imprensa para todos e já!
Nenhum comentário:
Postar um comentário