segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

De Presidente à bufão - no Manhattan Connection.


Saudações.
Depois de Presidente, bufão.
Em entrevista concedida ao "Manhattan Connection" (GNT), FHC e sua arrogância divagaram sobre Lula e Dilma.

"Eu mudei o Brasil. Sem falsa modéstia (ho-ho-ho). O Brasil era um antes da consolidação da economia e passou a ser outro. Fiz um governo de mudanças profundas. O presidente Lula aproveitou a economia e os programas que criamos, para expandir. Mas acredito que muito foi mérito dele também" - disse FHC.
Ainda bem, Fernandinho!

Sobre Dilma Roussef o ex-presidente foi ainda mais longe.
Com a ajuda de Diogo Mainardi - diretamente de Veneza (que chique!) - FHC tentou ser engraçado:
"É uma dificuldade minha, você sabe que eu sou curto em inteligência (jura?!). A Dilma, às vezes, não termina um raciocínio. E eu não tenho imaginação suficiente para entender o que ela diz."

Pois é, senhor Presidente.
Imaginação você realmente nunca teve.
Nem no escuro do apagão sua imaginação funcionou.
(ou alguém já se esqueceu do APAGÃO TUCANO?!)
Talvez isso explique porque, sob seu governo, o país tenha retrocedido em diversos aspectos sociais, submetendo as classes C, D e E da população brasileira à marginalidade e à miséria desassistida - e o país a um papel de subserviente na política externa.

Sobre as redes de relacionamento FHC disse que não usa Facebook e Twitter.
"Estou fora desse jogo de prestígio".
Fiquei pensando....quantos seguidores ele teria?
E quem o seguiria?
E pra onde?
Achei melhor desligar a TV e ir dormir afinal a segunda-feira não me perdoaria.

Só pra terminar:

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Videla condenado.

Saudações.
O ex-ditador argentino Jorge Videla (1976-81)
foi condenado nesta quarta-feira (22/12/2010) à
prisão perpétua.
O general da reserva foi considerado culpado pela morte de opositores e outros crimes contra a humanidade, em um julgamento contra 30 líderes do regime militar.

Um dia antes, Videla chegou a assumir a responsabilidade por crimes políticos cometidos durante a "Guerra Suja", na última ditadura militar (1976-1983). Videla fez a declaração ao final de um julgamento sobre o fuzilamento de 31 presos políticos em Córdoba.

"- Assumo plenamente minhas responsabilidades.
Meus subordinados limitaram-se a cumprir ordens."

Videla é acusado desses crimes junto a outros 29 militares. No depoimento final de 49 minutos que leu pausadamente, o ex-ditador, de 85 anos, disse que assumirá "sob protesto a injusta condenação que possam me dar".

Depois apontou para o governo da presidente Cristina Kirchner, assinalando que as organizações armadas dissolvidas "não mais precisam da violência para chegar ao poder, porque já estão no poder e, daí, tentam a instauração de um regime marxista à maneira de [Antonio] Gramsci" (teórico marxista italiano).

O período conhecido como Guerra Suja provocou a morte de 30 mil opositores, segundo ONGs de direitos humanos. Muitas das vítimas eram mulheres grávidas, cujos bebês foram adotados pelos militares, dando origem aos grupos Mães da Praça de Maio e Avós da Praça de Maio, que ainda buscam informações sobre milhares de desaparecidos.

A democracia foi restaurada em 1983, com a eleição de Raúl Alfonsín, após a grave crise na qual se meteram os militares por conta da Guerra das Malvinas (1982).

O ex-ditador já havia sido condenado à prisão perpétua num histórico julgamento dos comandantes militares em 1985, mas recebeu indulto alguns anos mais tarde, pelo então presidente Carlos Menem (1989-1999).

O perdão foi anulado pela Corte Suprema em 2007 e, desde então, contra Videla, foram somada várias causas por crimes de lesa-humanidade, durante a ditadura.

Para homenagear essa data histórica
sugiro a canção "
Todo Cambia", de Mercedes Sosa,
"
a voz dos sem-voz".



domingo, 19 de dezembro de 2010

Violência contra homossexuais.

Violência contra homossexuais.
Por Drauzio Varella.

A homossexualidade é uma ilha cercada de ignorância por todos os lados. Nesse sentido, não existe aspecto do comportamento humano que se lhe compare.

Não há descrição de civilização alguma, de qualquer época, que não faça referência à existência de mulheres e homens homossexuais. Apesar dessa constatação, ainda hoje esse tipo de comportamento é chamado de antinatural.

Os que assim o julgam partem do princípio de que a natureza (ou Deus) criou órgãos sexuais para que os seres humanos procriassem; portanto, qualquer relacionamento que não envolva pênis e vagina vai contra ela (ou Ele).

Se partirmos de princípio tão frágil, como justificar a prática de sexo anal entre heterossexuais? E o sexo oral? E o beijo na boca? Deus não teria criado a boca para comer e a língua para articular palavras?

Se a homossexualidade fosse apenas perversão humana, não seria encontrada em outros animais. Desde o início do século 20, no entanto, ela tem sido descrita em grande variedade de espécies de invertebrados e em vertebrados, como répteis, pássaros e mamíferos.

Em virtualmente todas as espécies de pássaros, em alguma fase da vida, ocorrem interações homossexuais que envolvem contato genital, que, pelo menos entre os machos, ocasionalmente terminam em orgasmo e ejaculação.

Comportamento homossexual envolvendo fêmeas e machos foi documentado em pelo menos 71 espécies de mamíferos, incluindo ratos, camundongos, hamsters, cobaias, coelhos, porcos-espinhos, cães, gatos, cabritos, gado, porcos, antílopes, carneiros, macacos e até leões, os reis da selva.

Relacionamento homossexual entre primatas não humanos está fartamente documentado na literatura científica. Já em 1914, Hamilton publicou no Journal of Animal Behaviour um estudo sobre as tendências sexuais em macacos e babuínos, no qual descreveu intercursos com contato vaginal entre as fêmeas e penetração anal entre machos dessas espécies. Em 1917, Kempf relatou observações semelhantes.

Masturbação mútua e penetração anal fazem parte do repertório sexual de todos os primatas não humanos já estudados, inclusive bonobos e chimpanzés, nossos parentes mais próximos.

Considerar contra a natureza as práticas homossexuais da espécie humana é ignorar todo o conhecimento adquirido pelos etologistas em mais de um século de pesquisas rigorosas.

Os que se sentem pessoalmente ofendidos pela simples existência de homossexuais talvez imaginem que eles escolheram pertencer a essa minoria por capricho individual. Quer dizer, num belo dia pensaram: eu poderia ser heterossexual, mas como sou sem vergonha prefiro me relacionar com pessoas do mesmo sexo.

Não sejamos ridículos; quem escolheria a homossexualidade se pudesse ser como a maioria dominante? Se a vida já é dura para os heterossexuais, imagine para os outros.

A sexualidade não admite opções, simplesmente é. Podemos controlar nosso comportamento; o desejo, jamais. O desejo brota da alma humana, indomável como a água que despenca da cachoeira.

Mais antiga do que a roda, a homossexualidade é tão legítima e inevitável quanto a heterossexualidade. Reprimi-la é ato de violência que deve ser punido de forma exemplar, como alguns países fazem com o racismo.

Os que se sentem ultrajados pela presença de homossexuais na vizinhança, que procurem dentro das próprias inclinações sexuais as razões para justificar o ultraje. Ao contrário dos conturbados e inseguros, mulheres e homens em paz com a sexualidade pessoal costumam aceitar a alheia com respeito e naturalidade.

Negar a pessoas do mesmo sexo permissão para viverem em uniões estáveis com os mesmos direitos das uniões heterossexuais é uma imposição abusiva que vai contra os princípios mais elementares de justiça social.

Os pastores de almas que se opõem ao casamento entre homossexuais têm o direito de recomendar a seus rebanhos que não o façam, mas não podem ser fascistas a ponto de pretender impor sua vontade aos que não pensam como eles.

Afinal, caro leitor, a menos que seus dias sejam atormentados por fantasias sexuais inconfessáveis, que diferença faz se a colega de escritório é apaixonada por uma mulher? Se o vizinho dorme com outro homem? Se, ao morrer, o apartamento dele será herdado por um sobrinho ou pelo companheiro com quem viveu trinta anos?
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"Não seria o caso de os diretores de escolas públicas ou privadas do segundo grau, assim como os reitores dos cursos superiores determinarem que o referido texto seja lido ou distribuído aos respectivos alunos no início de cada ano letivo? Tenho a certeza de que, sua audição ou leitura irá contribuir positivamente para estimular reflexões e facilitar a compreensão do comportamento homossexual, tornando os homens menos agressivos e mais tolerantes no tratamento do tema.
Até porque – como observa com argúcia o autor – mais cedo ou mais tarde iremos nos convencer de que não se pode negar, às pessoas do mesmo sexo, viver em uniões estáveis, com os mesmo direitos das uniões heterossexuais.
E isto, pelos mais elementares princípios de justiça social"
(Zelmo Denari/Via Política)

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

NÃO AO AI-5 DIGITAL.

Saudações.

Enquanto todos prestávamos atenção às eleições as Comissões de Segurança Pública e de Constituição e Justiça da Câmara, de modo silencioso e premeditado, concederem parecer favorável ao Projeto de Lei (PL) 84/99, de autoria do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

O projeto, que prevê entre outros absurdos que os provedores de conteúdo sejam responsáveis pela guarda dos registros de navegação dos usuários e que haja uma flexibilização nas regras de obtenção desses registros, ou seja, a pessoa poderá ter seus dados divulgados à polícia ou ao Ministério Público sem a necessidade de uma ordem judicial, segue, então, sua marcha protecionista e autoritária rumo ao plenário, aguardando talvez somente mais um momento de descuido para que se torne lei.

O projeto também dificulta a atividade das lan houses e inviabiliza a existência de redes abertas, pois exige a identificação de cada usuário conectado à internet.

Sem rede aberta, assistimos a tentativa de transformar a internet em algo somente para ricos e poderosos.

Por que deixaremos de ter rede aberta?
A quem interessa a aprovação desse projeto?

É claro que existem crimes na internet, mas colocar todas as questões no mesmo bojo só piora a situação e acaba por prejudicar ostensivamente a liberdade, a inteligência e a troca livre e responsável.

Pela garantia da expansão do conhecimento e da criatividade, pela democratização da Internet e pela verdadeira liberdade, NÃO AO AI-5 DIGITAL, do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

domingo, 5 de dezembro de 2010

Liberdade de imprensa para todos e já!

“A liberdade de imprensa é uma consequência necessária da soberania do povo como ela é compreendida na América” (Alexis de Tocqueville em "A democracia na América", de 1835).

Saudações.

Divulgar documentos secretos do governo dos EUA, primeiro sobre a agressão no Oriente Médio e, agora, desvendando a arrogância e prepotência da diplomacia dirigida por Hillary Clinton.

Esse foi o crime do portal WikiLeaks.

A solução, como de costume, veio através da calúnia, do uso da força e da coerção de Washington sobre os servidores de Internet.

Para Chomsky "a diplomacia dos EUA não é honesta nem confiável".

Acrescente "hipócrita" a essa definição - ou alguém aí já se esqueceu que no começo deste ano, quando o portal de buscas Google entrou em conflito com o governo da China ao infringir as leis desta nação, a secretária de Estado Hillary Clinton parecia indignada quando pregava a plena liberdade da internet em todo o mundo?

A liberdade de imprensa é uma conquista da democracia moderna. É um princípio que precisa ser defendido pelos trabalhadores e pelos democratas de todas as partes. Nas condições atuais, uma enorme restrição a ela é o domínio da mídia por grandes monopólios, que enredam jornais, revistas, rádio e televisão numa espúria teia de interesses que enlaça governos conservadores e os interesses do grande capital e transformam suas publicações em instrumentos de manipulação política.

Nos EUA localizam-se os principais servidores da internet. Usando a “liberdade de imprensa” no sentido restritivo indicado por Benjamin Franklin (para quem “a liberdade de imprensa é a liberdade de quem tem uma (prensa)”, o governo de Washington confirma ser uma ameaça para a livre manifestação do pensamento e para a liberdade de publicação em todo o mundo.

Subordinar publicações na internet aos interesses geopolíticos dos EUA e para ocultar seus segredos de Estado passa a ser uma nova modalidade de ameaça à democracia que se junta às outras que, de lá, infelicitam o mundo – como as agressões militares, pressões econômicas, restrições políticas etc.

Onde estão os “campeões” da liberdade de imprensa quando o governo de Washingon investe contra a difusão de documentos incômodos?

Esses mesmos “campeões”, quando se trata de governos como os de Hu Jintao, Mahmoud Ahmadinejad, Fidel Castro, Hugo Chávez, Cristina Kirchner, Evo Morales, Lula ou a candidata Dilma Rousseff, são implacáveis defensores da divulgação de qualquer segredo, mesmo aqueles inventados pela própria conspiração midiática. E, quando estes governos se defendem das mentiras e calúnias veiculadas pela mídia patronal, são acusados de ameaçar a liberdade de imprensa. Onde está a SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) e sua afetada indignação quando a restrição à publicação de documentos parte de Washington?

O espaço da liberdade na rede mundial é aquele que caminha junto aos interesses das potências, das elites, das grandes corporações e interesses, ou pelo menos não os confronta diretamente de forma global.
Voltem-se contra esses senhores e tornem-se inimigos públicos número 1 da liberdade, da democracia e dos valores.

Liberdade de imprensa para todos e já!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Brasil reconhece o Estado palestino nas fronteiras de 1967.

Saudações.
Em 1967, após a Guerra dos Seis Dias, Israel ocupou a região oriental de Jerusalém, a Cisjordânia e a Faixa de Gaza. Desde então extende-se uma lastimável guerra entre judeus e palestinos que, entre outras coisas, esbarra em interesses geopolíticos dos Estados Unidos.

Quarta-feira passada, dia 01/12/2010, em nota assinada pelo Presidente Lula, o representante da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, foi oficialmente comunicado sobre a posição brasileira de reconhecer o Estado palestino nas fronteiras de 1967.

"A decisão não implica abandonar a convicção de que são imprescindíveis as negociações entre Israel e Palestina, a fim de que se alcancem concessões mútuas sobre as questões centrais do conflito", destaca a nota, que diz ainda que "(a decisão) está em consonância com as resoluções da ONU, que exigem o fim da ocupação dos territórios palestinos e a construção de um Estado independente dentro das fronteiras de 4 de junho de 1967."

Desde 1975 o governo brasileiro reconhece a OLP como "legítima representante do povo palestino". Em 1993, o Brasil abriu sua primeira sede diplomática em território palestino, cujas atribuições foram equiparadas às de uma embaixada cinco anos depois - só agora o país assume oficialmente sua posição quanto aos territórios em questão.

Assim, o Brasil soma-se a uma lista de mais de 100 países que reconhecem o Estado palestino que inclui todos os árabes, a grande maioria da África, boa parte dos asiáticos e alguns do leste da Europa. China, Rússia e Índia também fazem parte deste grupo.

O porta-voz oficial do departamento de Assuntos Relacionados com a Negociação da OLP Organização para a Libertação da Palestina, Xavier Abu Eid, afirmou que outros sete países latino-americanos se mostraram dispostos a reconhecer a independência palestina nas fronteiras de 1967 no momento adequado e espera que a decisão do Brasil dê origem a uma onda de reconhecimentos latino-americanos, como a que houve após 1988 (por ocasião da Declaração de Independência Palestina) em outras partes do planeta.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ingrid Pitt - 21/11/1937 - 23/11/2010.

Saudações.
Lamentável a recente perda de Ingrid Pitt.
(21/11/1937 - 23/11/2010)
Do alto de seus 73 anos a atriz polonesa, imortalizada por suas atuações em clássicos ingleses do horror entre as décadas de 60 e 70, personificava com beleza e talento a nobre arte que existia por trás das sombras e maquiagens num tempo em que os tão falados "efeitos especiais" não passavam de
fumaça, gelo seco e sangue falso.

De sua vasta filmografia destacam-se os clássicos "O homem de palha" (1973), "Carmilla, a vampira de Karnstein" (1970) e "Countess Dracula" (1971).

Compartilho aqui, em homenagem à "primeira-dama do horror inglês", "O homem de palha" ("The Wicker Man", 1973), longametragem baseado no romance "The Ritual", de 1976, de David Pinner. Tanto a investigação policial quanto a oposição entre cristianismo e paganismo são mera cenografia para que beldades como Britt Ekland, Diane Cilento, e especialmente Ingrid Pitt, desfilem a maldade que se esconde por trás da beleza feminina.
"O homem de palha" é tido como o 'Cidadão Kane' dos filmes de terror - aliás, "Folk Terror", por favor. Uma sequência para esse filme é esperado para 2011 mas, não sei porquê, isso não chega a me empolgar..

Link retirado de www.theultimate.com.br.