Não deu outra. Apesar da insistência de muitos, obviamente com a cumplicidade dos donos da midia, em tentar manipular a real dimensão da vitória eleitoral dos partidos que apóiam o governo Lula, os números do resultado oficial revelaram a verdade. Dois dias depois do domingo, as manchetes tinham que admitir a verdade, em cima de variações sobre o mesmo tema - “Oposição perde espaço no país; PT tem o maior crescimento”.
O resultado do primeiro turno confirma a aprovação do projeto democrático-popular contra os projetos populistas e privatistas dos demos, ex-pefelistas, e dos tucanos. O caso das eleições na capital de São Paulo, principal ninho tucano e exemplo de privataria de serviços públicos, deixa claro o fracasso do projeto neoliberal que já esteve no comando do Brasil.
Nascido há 20 anos, bradando por ética e princípios da social democracia, o PSDB na prática demonstrou que não tem nenhum projeto consistente para o país, a não ser a repetição da surrada fórmula do neoliberalismo e seu estado mínimo, pai da privataria tucana que rifou patrimônio público e gerou desemprego recorde, alta de tarifas e queda da qualidade.
Agora, esfarelado em disputas internas e brigas de ego, anda ao lado do partido que aglutina os setores mais conservadores da sociedade, hoje representado pelo DEM, o outro nome do PFL, que veio da Arena, que comandou o Brasil no triste período da ditadura. O cenário de hoje seria quase inimaginável anos atrás: o PSDB virou um apêndice do DEM no principal reduto tucano.
Rifado dentro do ninho, o comandante da privataria paulista Geraldo Alckmin amargou a maior derrota desta eleição, primeiro atropelado pela pretensão de Serra presidente, depois pela merecida rejeição do voto popular. Não foi convidado para o casamento do PSDB com Gilberto Kassab, o ex-secretário do malufista Celso Pitta, alçado quase ao acaso prefeito da maior cidade do país e agora travestido de bom moço na tevê.
Partidarismos à parte e sem fazer disso aqui um palanque, mostramos apenas uma visão do neoliberalismo praticado por dois do maiores partidos políticos do país.
Fonte : Editorial do jornal do Sindicato dos Energéticos de São Paulo, número 952 de 09 a 19/10/2008.
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