sexta-feira, 31 de outubro de 2008
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
Terrorismo e Informação
Atualmente, uma forma específica de agressão vem explorando ao máximo a amplitude de seus efeitos com custos relativamente baixos, e, mesmo que suas definições mais vagas possam remontá-la ao fim idade Moderna, é no ‘’auge’’ da Idade Contemporânea que vem encontrando seu potencial máximo. Definitivamente não era de se esperar que um atentado a um feudo por alguém supostamente infeliz com o regime causasse algum efeito significativo sobre os outros feudos, mas uma mistura complexa de elementos fez com que as sociedades rumassem para uma fase extremamente sensível, em que o impacto real de uma ação vai muito além do número de vítimas e da perda em infra-estrutura. E é nesse ambiente que o Terrorismo entra em cena, redesenhando o papel da violência na ordem atual, da mesma forma que o poderio nuclear o fez durante a Guerra Fria.
Fato curioso é que justamente por ter a mídia de massa como uma das tecnologias que proporcionaram uma maior eficiência em seus atos, a face do Terrorismo que é veiculada para a população vem dando margem a inúmeros mal-entendidos. Suas causas confundem-se com suas conseqüências, etnicismos são trocados por nacionalismos, seus objetivos políticos perdem espaço para a exposição sensacionalista, entre outros equívocos que dificultam a tomada de consciência da população sobre esses temas. O que por sua vez da margem à retórica ufanista, à visão da violência como única solução, à discriminação e ao receio infundado entre determinados povos. Curiosamente, estes últimos fatos, que se propõem a atuarem como contra-ataques a atividade terrorista, na verdade amplificam ainda mais seu poder, aumentando a probabilidade de filiação de simpatizantes, uma vez que a hostilidade do resto do mundo os deixa sem outras saídas que não a de cair na retórica oposta, e contribuir para reiniciar o ciclo.
Mas estes equívocos não existem sem fundamentos, são resultantes da imensa complexidade do tema, em que se pode observar que cada novo ato desencadeia novas concepções e teorias a seu respeito. A devolução do uso da violência devastadora e com objetivos políticos para a esfera privada é um desses conceitos relativamente novos, e a tendência que a maioria da população tem de associar esses grupos restritos unicamente a países é uma prova de que o entendimento de conflito ainda está predominantemente nas eras passadas, em que os Estados eram os únicos que determinavam os rumos das agressões políticas, e que a esfera privada se restringia a deter grupos de bandoleiros ou mafiosos.
Atos recentes revelaram também o quão frágil é a segurança nacional, que mesmo capaz de conter exércitos inteiros, não tem mais a certeza de evitar que sua própria infra-estrutura seja utilizada contra aqueles que se propõem a defender. Entretanto, embora o terrorismo com fins político (embora embasado por outros elementos) seja uma ameaça extremamente difícil de lidar, o que dizer dessa prática quando assume fins completamente desligados de qualquer objetivo supostamente racional?
Em março de 1995 na estação Tsukiji em Tóquio, um atentado de estrutura aparentemente comum, baseado em um ataque químico direto, ocultava objetivos que reescreveriam a história dos ataques organizados contra grupos humanos. Longe de mirar um regime específico ou de intimidar uma determinada etnia, seus perpetradores estavam convencidos de que eram os próprios instrumentos do Apocalipse, e que sua função seria a de adiantá-lo o mais rapidamente possível. Embora a negociação com grupos terroristas seja matéria bastante polêmica5, nesse caso específico o Terrorismo revelou sua face inegociável, uma vez que é impossível atender suas demandas, e irremediável, uma vez que não há outro elemento difusor dessas idéias que não a própria liberdade religiosa, conceito este que não pode ser abolido sem que as democracias declarem abertamente a derrota frente ao problema.
Entretanto, pior que não reconhecer a face apolítica de um grupo terrorista como o que liberou gás sarin nos vagões japoneses, é equivocar-se quanto às intenções políticas de outros grupos. Os grupos terroristas pós-modernos estão longe de serem a encarnação da luta de seitas religiosas e de minorias étnicas em favor da liberdade de seus oprimidos, e ainda mais distantes de serem apenas um subproduto do ‘’terrível imperialismo ocidental’’. O fato é que seria bastante ingênuo ignorar os efeitos deste sobre as populações mundiais, mas muito mais ingênuo é buscar no Terrorismo um retrato de luta heróica frente ao opressor do ocidente, reduzindo todo o esforço humano da transformação ao mero extermínio brutal daqueles que o opõem, e quando muito daqueles que sequer tem algo a ver com isso, mas que servem de ‘’matéria-prima’’ para a indústria do terrorismo da mesma forma.
Ainda assim, a lista de tópicos referentes às características peculiares do terrorismo certamente tenderá a crescer à medida que o fenômeno explore novos métodos e exponha objetivos cada vez mais macabros. Decerto que péssimas interpretações estarão a decorrer dessas novas características, uma vez que embora tenhamos cobertura dos fatos em tempo integral, estamos muito distantes de prover com os meios que temos as informações necessárias para que a população seja capaz de formular conceitos sensatos e sólidos acerca das verdadeiras causas e conseqüências. Dessa forma, terroristas perderiam um de suas principais bases para seu bom funcionamento, o ódio de seu inimigo para com qualquer coisa que os remetam, fato responsável pelos níveis crescentes de xenofobia e segregação religiosa.
Em resumo, este ensaio se propôs a elucidar, mesmo que de forma superficial, como os diversos equívocos difundidos na sabedoria (ou falta dela) popular acerca do terrorismo, permite que os líderes se sintam pressionados, ou mesmo o façam por sua própria vontade, a rebaixar-se ao nível de seus adversários. Fato que, de certa forma, apenas atende às intenções dos terroristas, como fora citado acima. Assim, é preciso enxergar que a problemática do Terrorismo não pode ser comparada com um inimigo facilmente visível, e que pode ser derrotado simplesmente com o uso da ‘’espada’’. É mais provável que se pareça com um caminho repleto de armadilhas deixadas por um inimigo fisicamente mais fraco, mas suficientemente inteligente para saber que estará em grande vantagem se sua vítima cair em todas elas.
Os atores que se propuseram a acabar com a ameaça terrorista em nosso mundo, ao ignorar essas armadilhas, estariam, na visão de Sun Tzu, errando ao perder a única parte de uma batalha que é controlável. ‘’O que depende de mim posso fazer, o que depende do inimigo não está em minhas mãos’’, postula o general chinês. Em suma, como ganhar um conflito se aquilo que depende deles está tão difuso e incontrolável quanto aquilo que está nas mãos do inimigo? Definitivamente ainda há muito o que fazer.
Comentem, esse é made in Talo da Brabera!
A derrota de Paes
Como vitória política, já é um resultado extremamente questionável; mas do ponto de vista pessoal, é uma derrota acachapante.
Eduardo Paes levou a prefeitura, sim, mas de contrapeso ficou com uma quadrilha de aliados que não deixa nada a dever àquela que ele acusava o presidente Lula de comandar.
Vai ser prefeito, sim, mas vai ter de arranjar boquinhas para o Crivella, para o Lupi, para o Picciani, para a Clarissa Garotinho, para o Roberto Jefferson, para a Carminha Jerominho, para o Babu, para o Dornelles, para a Jandira... estou esquecendo alguém?
Conquistou um cargo, é verdade, mas conquistou também o desprezo mais profundo de metade do eleitorado.
Em compensação, como carioca, perdeu a chance de viver um momento histórico, em que a prefeitura seria, afinal, ocupada por um homem de bem, com idéias novas e um novo jeito de fazer política; perdeu a chance de ver o Rio de Janeiro sair do limbo a que foi condenado nas últimas décadas, e ganhar projeção pela singularidade da sua administração.
Se Gabeira tivesse sido eleito prefeito, o Rio, que hoje não significa nada em termos políticos, voltaria a ter relevância, até pelo inusitado da coisa. Um prefeito eleito na base do voluntariado, do entusiasmo dos eleitores e da vontade coletiva de virar a mesa seria alguém em quem o país seria obrigado a prestar atenção.
Agora, lá vamos nós para quatro anos de subserviente nulidade, quatro anos em que o recado das urnas será interpretado, pela corja que domina esta infeliz cidade, como um retumbante 'Liberou geral!'
Nojo, nojo, nojo."
E-mail "anônimo" que recebi hoje. É uma visão da história... Não deixa de ser uma parte da verdade, que nunca é absoluta.
terça-feira, 28 de outubro de 2008
domingo, 26 de outubro de 2008
A Derrota da Privataria
O resultado do primeiro turno confirma a aprovação do projeto democrático-popular contra os projetos populistas e privatistas dos demos, ex-pefelistas, e dos tucanos. O caso das eleições na capital de São Paulo, principal ninho tucano e exemplo de privataria de serviços públicos, deixa claro o fracasso do projeto neoliberal que já esteve no comando do Brasil.
Nascido há 20 anos, bradando por ética e princípios da social democracia, o PSDB na prática demonstrou que não tem nenhum projeto consistente para o país, a não ser a repetição da surrada fórmula do neoliberalismo e seu estado mínimo, pai da privataria tucana que rifou patrimônio público e gerou desemprego recorde, alta de tarifas e queda da qualidade.
Agora, esfarelado em disputas internas e brigas de ego, anda ao lado do partido que aglutina os setores mais conservadores da sociedade, hoje representado pelo DEM, o outro nome do PFL, que veio da Arena, que comandou o Brasil no triste período da ditadura. O cenário de hoje seria quase inimaginável anos atrás: o PSDB virou um apêndice do DEM no principal reduto tucano.
Rifado dentro do ninho, o comandante da privataria paulista Geraldo Alckmin amargou a maior derrota desta eleição, primeiro atropelado pela pretensão de Serra presidente, depois pela merecida rejeição do voto popular. Não foi convidado para o casamento do PSDB com Gilberto Kassab, o ex-secretário do malufista Celso Pitta, alçado quase ao acaso prefeito da maior cidade do país e agora travestido de bom moço na tevê.
Viva a Festa!!
Nº 206, quinta-feira, 23 de outubro de 2008
MINISTÉRIO DO ESPORTE
SECRETARIA EXECUTIVA
EXTRATO DE INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO Nº 4/2008
Nº Processo: 58701001326200801 . Objeto: Contratação de serviços
de produção para participação deste Ministério no Grande Prêmio do
Brasil de Fórmula 1, visando a disponibilização de espaço personalizado
e exclusivo, para a divulgação e promoção do projeto de
candidatura Rio 2016, a ser realizada nos dias 31 de outubro, 01 e 02
de novembro de 2008. Total de Itens Licitados: 00001 . Fundamento
Legal: Artigo 25, inciso I, da Lei 8.666/93 . Justificativa: Para atender
solicitação da Secretaria Executiva deste Ministério Declaração de
Inexigibilidade em 21/10/2008 . JOSÉ LINCOLN DAEMON . Subsecretário
de Planejamento, Orçamento e Administração . Ratificação
em 22/10/2008 . WADSON NATHANIEL RIBEIRO . Secretário Executivo
. Valor: R$ 595.000,00 . Contratada :INTERPRO - INTERNATIONAL
PROMOTIONS LTDA . Valor: R$ 595.000,00
(SIDEC - 22/10/2008) 180002-00001-2008NE900035
Ministério do Esporte
.
FONTE : BLOG DO JUCA KFOURI
sexta-feira, 17 de outubro de 2008
P.S.D.B. = Pior Salário Do Brasil.
Policiais civis e militares se confrontaram hoje em frente ao Palácio do Morumbi, sede do Governo de São Paulo.
Os policiais civis reivindicavam AUMENTO.
Há UM ANO eles reivindicam aumento.
Os salários pagos aos policiais civis de São Paulo são os MAIS BAIXOS DO BRASIL!
A manifestação de hoje fez parte da SEGUNDA greve dos policiais civis que está em curso há UM MÊS!
O governador Serra disse que a paralisação era POLÍTICA e acusou a CUT e a FORÇA SINDICAL de ORGANIZAREM A "BADERNA".
Uma repórter da CBN (que corre o sério risco de perder o emprego), na entrevista coletiva, enquanto Serra "discursava" dizendo que a greve era por motivos eleitorais, perguntou:
eleitorais, como ?, se a eleição é municipal e a Polícia é um problema estadual ?
Serra se irritou com a pergunta óbvia e não respondeu.
Isso nem o Jornal Nacional e nem o Datena disseram:
CRISE DAS POLÍCIAS DE SÃO PAULO É PROBLEMA DO GOVERNADOR SERRA!
Abaixo, o vídeo produzido pelas associações e sindicatos da Polícia Civil, para ser veiculado nas emissoras de TV - mas o governador José Serra conseguiu uma liminar na Justiça para impedir a veiculação do vídeo (censurou).
Serra vai ser candidato à Presidência da República e "mascarar" a realidade do Estado de São Paulo faz parte de sua campanha rumo à Brasília.
Fiquem atentos.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
sexta-feira, 10 de outubro de 2008
Perda natural supera crise financeira
Começo o debate com essa figura. Afinal, vende-se? A resposta mais óbvia para um conservacionista é negativa, argumentando sempre que é inestimável. Sobre isso, o post de hoje tem como objetivo ajudar a enxergarmos por outras perspectivas. O fato meus amigos, é que vende-se sim, e tem um valor intrínseco perfeitamente calculável, mas que ninguém sequer se deu conta das proporções gigantescas de que estamos tratando.
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Artigo de apoio, adaptado de: http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/7662565.stm
A economia global está perdendo mais dinheiro devido à devastação de florestas do que através da atual crise financeira, de acordo com um estudo patrocinado pela UE.
Calcula-se que o custo anual de perdas florestais varie entre 2 a 5 trilhões de dólares. (Rup: O pacote econômico proposto pelo governo Bush pra recuperar o estrago da crise ao longo de vários anos foi de ''apenas'' 700 bilhões de dólares.
O cálculo se fez adicionando valores aos vários ''serviçoes prestados'' por uma floresta, como prover água limpa e absorver dióxido de carbono. (Rup: Devido ao mercado de carbono em alta, a captura de dióxido de carbono realmente tem um preço fixo.)
O estudo, encabeçado por economista do Deutsche Bank, também faz um paralelo com o Relatório Stern sobre os impactos econômicos da mudança climática global.
Alguns conservacionistas vêem-no como uma nova maneira de persuadir a política global para financiar a proteção da natureza ao invés de permitir o declínio do número de ecossistemas e espécies, destacados no lançamento na segunda-feira da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. (Rup: Embora eu creia que quanto menor o bem-estar econômico, mais se aumenta a voracidade em transformar reservas naturais em recursos financeiros.)
Perdas de Capital
O líder do estudo, Pavan Sukhdev enfatizou que o custo da devastação não só supera as perdas do mercado financeiro como também ocorre de forma contínua, a uma taxa anual muito superior ao que a bolsa vem perdendo ao longo da crise:
Teeb vai... mostrar que os riscos que corremos não são adequados ao verdadeiro valor implícito na natureza" Andrew Mitchell Global Canopy Programme |
Mensagem do Stern
Para entender suas conclusões, é fundamental associar a destruição das florestas com a interrupção de serviços que estava sendo providenciados essencialmente de graça.
Ou seja, a economia humana terá que providencia-los artificialmente, seqüestrando carbono, contendo a erosão, reciclando a água e plantando alimentos que antes estavam naturalmente disponíveis.
Segundo os cálculos da Teeb, o custo dispara desproporcionalmente sobre os pobres, em que grande parte do seu estilo de vida depende direta ou indiretamente desses serviços, especialmente em regiões tropicais. (Rup: Principalmente por que o investimento tecnológico para se conter o prejuízo talvez seja incalculável para essas populações.)
Leia mais no link (em inglês)
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Rup: Basicamente, essa tese confirma a necessidade de se calcular os prejuízos antes de buscar os benefícios. Coisa que certamente o Brasil não vem fazendo ao longo de sua história, ao buscar o lucro imediato sem ter idéia do quanto perderá no futuro.
Sendo chato ou não, é óbvio que isso põe novamente em cheque a necessidade de se utilizar grandes quantidades de terras agricultáveis apenas para manter a produção de carne. E visto que sua produção é drasticamente menos eficiente que as proteínas vegetais, será que estamos calculando ignorando os custos gigantescos do prejuízo apenas para por o filé no prato? É algo a se pensar.
Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/4296
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
A diferença do voto Branco e do voto Nulo.
Muitos (como eu a poucos minutos atrás) acham que o voto Nulo é diferente do Branco, e sendo maioria, pode cancelar as eleições. Gostaria de informar a vocês que estão errados.
Fui pesquisar no TSE.gov.br sobre esses dois tipos de votos (o que me fez editar este post), veja o que descubri:
Se mais de 50% dos votos forem nulos ou anulados, faz-se nova eleição ?
Esse questionamento, relacionado à interpretação do art. 224 do Código Eleitoral, terá respostas distintas, conforme a ocorrência das seguintes situações:
a) Votos anulados pela Justiça Eleitoral:
Se a nulidade atingir mais da metade dos votos, faz-se nova eleição somente quando a anulação é realizada pela Justiça Eleitoral, nos seguintes casos: falsidade; fraude; coação; interferência do poder econômico e desvio ou abuso do poder de autoridade em desfavor da liberdade do voto; emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei. A nova eleição deve ser convocada dentro do prazo de 20 a 40 dias.
b) Votos anulados pelo eleitor, por vontade própria ou por erro:
Não se faz nova eleição. Segundo decisão proferida no Recurso Especial nº 25.937/2006, os votos anulados pelo eleitor, por vontade própria ou por erro, não se confundem com os votos anulados pela Justiça Eleitoral em decorrência de ilícitos. Como os votos nulos dos eleitores são diferentes dos votos anulados pela Justiça Eleitoral, as duas categorias não podem ser somadas e, portanto, uma eleição só será invalidada se tiver mais de 50% dos votos anulados somente pela Justiça Eleitoral.
O que é voto em branco?
É considerado voto em branco aquele em que o eleitor manifesta sua vontade de não votar em nenhum candidato ou partido político, apertando a tecla BRANCO da urna. O voto em branco é registrado apenas para fins de estatística e não é computado como voto válido, ou seja, não vai para nenhum candidato, partido político ou coligação. Antes da Lei nº 9.504/97, o voto em branco era considerado válido, desde então não é mais.
Resumindo pra quem não quis ler isso tudo aí em cima:
Voto Nulo e Voto Branco são inválidos, não vão para nenhum político ou partido, e não contribuem para invalidação da eleição (desde 1997).
Os votos nulos que podem invalidar uma eleição, são os votos que a, e somente a, Justiça Eleitoral julgar nulos. No caso se a "JxEx" julgar que houve algum movimento ilícito naquele voto, os motivos possíveis estão no texto acima.
.... E amiguinhos, por essas e outras que digo que sempre é bom debater idéias. Se não fosse as nossas articulações nos comentários, eu nunca teria ido atrás disso, e nunca teria "desmascarado" essa crença que envolve o voto nulo...
Informações: http://www.tse.gov.br/internet/eleicoes/2008/mesarios/html/tiraDuvidas.htm
domingo, 5 de outubro de 2008
DEMOCRACIA-Ou serve para todos ou não serve para porra nenhuma!
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
O mundo comemora o aniversário de Gandhi
Leia o post sobre o Aniversário de Gandhi - escrito pelo companheiro Ganja - logo abaixo ou clicando aqui.
Obrigado.
O mundo comemora o aniversário de Gandhi
Mohandas Karamchand Gandhi, dito Mahatma, que em sânscrito significa "grande alma", foi um dos idealizadores e fundadores do moderno Estado indiano e um defensor do princípio da não-violência como um meio de protesto.
Gandhi casou-se aos 13 anos com Kasturbai, da mesma idade, numa união acertada entre as famílias. O casal teve quatro filhos. Aos 19 anos foi estudar direito na Universidade de Londres, no Reino Unido. Após se formar, passou a trabalhar como advogado em Durban, África do Sul (1893).
Sua trajetória política começou marcada por um acidente em um trem. Gandhi viajava na primeira classe quando solicitaram que se transferisse para a terceira classe, por ele não ser branco. Ao recusar-se, foi jogado para fora do trem. O episódio fez com que ele começasse a advogar contra as leis discriminatórias vigentes.
Gandhi foi preso em 6 de novembro de 1913, enquanto liderava uma marcha de mineiros indianos que trabalhavam na África do Sul.
Durante a Primeira Guerra Mundial, retornou à Índia e, após o seu término, envolveu-se com o Congresso Nacional Indiano e com o movimento pela independência.
Ganhou notoriedade internacional pela sua política de desobediência civil e pelo uso do jejum como forma de protesto. Por esses motivos, sua prisão foi decretada diversas vezes pelas autoridades inglesas.
Outra estratégia de Gandhi pela independência era o boicote aos produtos importados. Todos os indianos deveriam usar vestimentas caseiras, em vez de comprar os produtos têxteis britânicos. O tear manual, símbolo de afirmação, viria a ser incorporado à bandeira do Congresso Nacional Indiano e à própria bandeira indiana.
Sua posição pró-independência endureceu após o Massacre de Amritsar em 1920, quando soldados britânicos mataram centenas de indianos que protestavam pacificamente contra medidas autoritárias do governo britânico.
Uma de suas mais eficientes ações foi a marcha do sal, que começou em 12 de março de 1930 e terminou em 5 de abril, quando Gandhi levou milhares de pessoas ao mar a fim de coletarem seu próprio sal, em vez de pagarem a taxa prevista sobre o sal comprado.
Em 8 de maio de 1933, Gandhi começou um jejum que durou 21 dias em protesto à "opressão" britânica contra a Índia. Em Bombaim, no dia 3 de março de 1939, Gandhi jejuou novamente em protesto às regras autoritárias para a Índia.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Gandhi deixou claro que não apoiaria a causa britânica. Foi preso em Bombaim pelas forças britânicas em 9 de agosto de 1942 e mantido em cárcere por dois anos.
Gandhi posicionou-se contra qualquer plano que dividisse a Índia em dois Estados, o que acabou acontecendo, com um Estado denominado Índia, predominantemente hindu, e o Paquistão, predominantemente muçulmano.
No dia 20 de janeiro de 1948, após um jejum em protesto contra as violências cometidas por indianos e paquistaneses, Gandhi sofreu um atentado. Uma bomba foi lançada em sua direção, mas ninguém ficou ferido. Entretanto, no dia 30 de janeiro de 1948, ele foi assassinado a tiros, em Nova Déli, por um hindu radical.
O corpo do Mahatma foi cremado e suas cinzas jogadas no rio Ganges.