Saudações,
inicialmente identificados como "a resposta novaiorquina ao Grunge de Seattle", Page Hamilton e sua banda Helmet nunca se encaixaram de fato em nenhuma prateleira. Ainda hoje é comum ver seus discos (sete ao todo) entre os de Heavy Metal, Grunge, Avant-Garde e Rock Alternativo - o que toma um certo tempo até que possamos encontrá-los para comprar. A primeira impressão sobre qualquer um de seus álbuns é de desconforto, reação natural a algo com o que não estamos acostumados. Aos poucos, se prestarmos atenção, vamos percebendo que há nas composições mais do que simples instrumentos sujos, dissonantes, repetitivos, graves e clima de fim de milênio. Hamilton estudou Música Clássica e Jazz e trabalhou com Glenn Branca, pai do Guitar Noise e de qualquer experimentação nas seis cordas. Com passagens pela Amphetamine Reptile, Interscope, Warcon e Work Song, a Helmet atravessou as décadas aprimorando suas construções musicais, tornando-as mais sólidas, mais pessoais, até chegar ao ponto de gerar seguidores que também buscam novas perspectivas para a guitarra no Rock.
Dinâmica, truncada, densa, precisa, intensa, hipnotizante.
Dinâmica, truncada, densa, precisa, intensa, hipnotizante.
Qualquer um desses adjetivos serve para classificar a Helmet.
Com Dan Beeman (guitarra), Kyle Stevenson (bateria) e Jon Fuller (baixo), Hamilton e a Helmet tocaram ontem (28/07/11) aqui em São Paulo e, pra quem perdeu, fica a dica: numa próxima oportunidade, experimentem!
Confiram as fotos da apresentação aqui.
Os principais discos vocês podem encontrar no EMM.