Saudações.
Semana trágica.
Em Minas o que era pra ser um momento de congraçamento virou um freakshow de auditório. Das arquibancadas partiam demonstrações explícitas de intolerância e de desrespeito.Em quadra, um atleta gay catalizou séculos de hipocrisia e de cinismo de uma nação que gabava-se de não ser preconceituosa e de receber a todos de braços abertos.
(saiba mais sobre isso aqui)
No Rio de Janeiro a violência seguiu a tendência globalizada e, nos moldes do 1o Mundo, mostrou-se muito mais próxima do que a classe média que imaginava. Pra completar a mídia despejou seu repertório de estereótipos preconceituosos reforçando ainda mais o estigma de violência e minorias. Lastimável.
(leia sobre isso aqui, aqui e aqui).
Em São Paulo o preconceito deu as caras disfarçado de ato "pró-Bolsonaro". Após as declarações carregadas de preconceito e ignorância dadas à TV, simpatizantes das parcas idéias do deputado fluminense puseram-se a marchar pela Av.Paulista em defesa, segundo eles, “direitos da família e do cidadão”. A patética cena envolveu carecas, nacionalistas e conservadores despolitizados que sonham, um dia, emancipar São Paulo do resto do país. Confrontados por manifestantes do movimento gay, estudantil, punk-anarquista, negro, de defesa das mulheres e integrantes do Sindicato dos Trabalhadores da USP - que já os esperavam no local - a manifestação acabou com 6 (ou 10) detidos.
Certo mesmo é que não há mais o véu da hipocrisia encobrindo o preconceito e a ignorância do povo brasileiro. E, se admitir a fraqueza é o primeiro passo para se livrar dela, que os próximos capítulos tragam punições rigorosas e exemplares para que as mazelas humanas - imortais, pois sim - sejam ao menos embutidas nas almas dos homens pequenos.
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