Saudações.
17 de setembro de 1971.
Após dias de caçada humana no sertão baiano, a repressão encurrala e executa a sangue-frio em Ipupiara o capitão-guerrilheiro Carlos Lamarca.
Na mesma ação, José Campos Barreto, também militante do MR-8, foi abatido.
Na mesma ação, José Campos Barreto, também militante do MR-8, foi abatido.
Lamarca, que havia aderido à luta contra a ditadura militar, era capitão do Exército. Deixou o quartel de Quitauna, em São Paulo, levando consigo um considerável estoque de armas e munições, no dia 24 de janeiro de 1969. Militar competente e exímio atirador, logo tornou-se uma verdadeira lenda da luta armada, e um dos adversários mais temidos pelas Forças Armadas e pela ditadura. Lamarca deu as costas aos militares e à repressão anti-democrática, anti-nacional e anti-popular da ditadura de 1964. Foi um dos dirigentes da luta contra estes militares e seu governo fascista. Mais do que isto - e este é outro "crime" imperdoável para a direita: ele tinha inscrito, em sua bandeira, a palavra de ordem da luta pelo socialismo. A direita distorce a verdade para tentar passar a imagem, que a ditadura difundiu, de que se trata de um "terrorista" que teria sido morto em combate. Não foi: como inúmeros outros heróis do povo brasileiro, Lamarca pagou com a vida a ousadia de sonhar com um futuro de progresso, liberdade e soberania nacional. Foi, ele sim, assassinado; foi baleado friamente por seus perseguidores ao ser surpreendido sem condições de se defender, fugia a pé, mal armado, exausto, doente e faminto, quando foi encontrado descansando sob um arbusto, no município de Pintada, no sertão baiano. Ele e seu companheiro José Campos Barreto (Zequinha), foram friamente mortos a tiro.
Por isso, neste dia 17 de setembro, prestamos nossa homenagem ao capitão Carlos Lamarca e à Liberdade.
Um comentário:
Que Deus o tenha grande comandante! Diferente da massa, da boiada, não se acomodou no cabide de empregos uniformizado mantido pelo governo tupiniquim as custas da quase escravidão do povo. Parabéns a todos que de forma muito digna não permitem que o tempo e que a dissolução da cultura deteriorem ou destruam a história de gente que merece ser pra sempre lembrada!
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