sábado, 23 de outubro de 2010

Serra + Azeredo = AI-5 DIGITAL.

Saudações.
Chega a ser constrangedora a performance da coligação demotucana.
Calúnia, difamação e injúria são nomes refinados demais para as armações, apelações e todo baixo-nível apresentado por Serra e os seus.
Mas deixando o que todos estão vendo, vamos aos fatos.

Este alerta nos foi dado pelo tovarish Joe Unabomber,
camarada de longa e BRABA jornada pela blogosfera:

quem navega pela Internet - principalmente pelos blogs independentes - ainda deve se lembrar do famigerado "AI-5 DIGITAL", projeto que pretendia criminalizar a troca de arquivos e acabar com a privacidade dos internautas (tudo, é claro, travestido de boas intenções e valores burgueses).

Pois bem.
O autor da proposta foi o senador Eduardo Azeredo, do PSDB.
Para ele o caso era de extrema urgência e só não foi protocolado "à canetada" graças à mobilização dos internautas e de alguns deputados (a maioria de esquerda, diga-se de passasgem: pensem nisso antes de saírem por aí dizendo que político é tudo igual..) que exigiram que a proposta tramitasse pelas comissões para esclarecimentos e definições.

Enfim, pelo projeto que está hoje tramitando quando um provedor detectar que um usuário trafegou muito em um determinado período poderá inferir que este usuário está baixando vídeos e músicas e terá a obrigação de apresentar uma denúncia. Com base nesta denúncia, sem necessidade de ordem judicial, todo o tráfego de dados do usuário será entregue ás autoridades.

Desestatizante, privatizador, burgês e, ainda, CRIMINALIZANTE.
Essa é o jeito demotucano de fazer política.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Quando a realidade é mais estranha do que a ficção.

Quando a realidade é mais estranha do que a ficção.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

"Esse som vai para os irmãos e irmãs do MST: "People of the sun" - Zack de la Rocha.


Saudações.
O Rage Against the Machine é uma banda que mistura Rock e Política de uma forma explosiva. Engajado em diversas frentes pelo mundo, no Brasil - antes de se apresentar no SWU - Zack de la Rocha (vocalista) recebeu militantes do MST e declarou:

"O MST tem uma experiência muito importante de solidariedade humana e na criação de espaços fora do modelo capitalista, e é muito importante para muitos de nós que, nos EUA, estamos lutando pelas mesmas coisas. Eu acho que MST já criou um exemplo maravilhoso de luta por justiça social e econômica, é um grande exemplo para nós"

Parte do cachê que a banda recebeu será doada ao Movimento - a quem foi dedicado a música "People of the Sun", durante a apresentação da banda. Como prova da aliança, Tom Morello (guitarrista) usou um boné do MST durante a música "Wake Up" (e no bis foi executado "A Internacional - em russo!

Coincidentemente, nesse exato momento, a transmissão que a Globo fazia ao vivo da apresentação foi interrompida.

Paranóia?!



sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Dois projetos políticos muito distintos para o Brasil.

Saudações.

Basta de hipocrisia!
Temas conservadores e sob a ótica retrógrada
da sociedade classe-média-burguesa-moralista-cristã brasileira,

como a legalização do aborto,
a descriminalização da maconha,
o reconhecimento da união civil entre homossexuais,

não me interessam.

O que está em jogo são
os dois projetos políticos para o Brasil.

Desgastados pelo discurso de que a política social dos anos Lula era
"esmola", "assistencialismo populista" etc etc,
a frente conservadora agora quer convencer de que os aspectos positivos do governo Lula foram conquistados por eles: tanto a política econômica, como a social,
esta supostamente iniciada por Ruth Cardoso.

Economicamente falando:
os anos FHC foram responsáveis por três grandes crises que repercutiram muito nos 50,9% de rejeição que o presidente tucano tinha ao final de seu mandato.
O Brasil era mais desigual, mais injusto, mais concentrador de renda e de poder.
O Brasil devia ao FMI e se submetia aos desmandos internacionais (hoje o Fundo Monetário Internacional deve ao Brasil e Lula - por mais que não queiram - é figura importante na política de soberania nacional).
Com apoio dos banqueiros (FEBRABAN) FHC privatizou estatais estratégicas e não fez investimentos básicos, semeando o que aflorou como "o Apagão".


Socialmente falando:
FHC criou míseros 800 mil empregos (frente às 14 milhões de carteiras assinadas no período Lula). O salário mínimo mal dava para comprar uma cesta básica ( hoje ele pode comprar duas e ainda sobra algum dinheiro, ou seja, o valor real do salário mínimo mais que dobrou). Além disso, FHC enfraqueceu o Estado em áreas cruciais como saúde, educação, segurança, sem contar a criminalização dos movimentos sociais (MST e UNE que o digam!).

Para evitar comparações,
os demotucanos esconderam Fernando Henrique
e até tentaram associar a imagem do candidato oposicionista à do Presidente Lula.


Munidos de discursos pseudo-moralistas

(já que foi José Serra, enquanto Ministro da Saúde, que aprovou o uso da “pilula do dia seguinte” e normatizou o aborto nos casos previstos em lei),

de uma horda de conservadores que vai dos pastores-capitalistas à TFP/Opus Dei
- passando pelas elites, é claro -

a direita brasileira vai distorcer e esquivar-se de comparações reais,
apelando para a ficção dos discursos vintage de que

"comunistas querem dominar o mundo, proibir as religiões, tomar nossas casas, violar nossas mulhers e devorar nossas criancinhas".
Do outro lado estão os fatos e a base de apoio à candidatura Dilma,
tendo como figura de frente o Presidente Lula, seus 80% de aprovação e apenas 4% de rejeição.

Fato.
(texto autoral e não expressa a opinião de ninguém além da minha - Hellraiser)

sábado, 2 de outubro de 2010

Tentativa de golpe no Equador

Saudações.

Mais uma tentativa de golpe contra um país da Aliança Bolivariana (Alba) atenta contra a integração latinoamericana e o avanço dos processos de revolução democrática.

A direita está no ataque.

Seu êxito em 2009 em Honduras contra o governo de Manuel Zelaya encheu-a de energia, força e confiança para poder arremeter contra os povos e governos de revolução na América Latina.

As eleições do domingo, 26 de setembro, na Venezuela, apesar de que resultaram vitoriosas, principalmente para o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), cederam espaço às mais reacionárias e perigosas forças de desestabilização que estão a serviço dos interesses imperiais. Os Estados unidos conseguiram colocar suas peças chaves na Assembleia Nacional da Venezuela, dando-lhes uma plataforma para avançar com seus planos conspirativos para socavar a democracia venezuelana.

No dia seguinte às eleições na Venezuela, a líder pela paz na Colômbia, Piedad Córdoba, foi desabilitada como Senadora da República da Colômbia pela Procuradoria Nacional, baseando-se em acusações e evidências falsas. Porém, o ataque contra a Senadora Piedad simboliza um ataque contra as forças do progresso na Colômbia que buscam soluções verdadeiras e pacíficas ao conflito de guerra em que vivem por mais de 60 anos.

E agora, na quinta-feira, 30 de setembro, o Equador amanheceu sob golpe. Policiais insubordinados tomaram várias instalações na capital, Quito, criando caos e pânico no país. Supostamente, protestavam contra uma nova lei aprovada pela Assembleia Nacional na quarta-feira passada, que, segundo eles, recortava seus benefícios trabalhistas.

O Presidente Rafael Correa, em uma tentativa de resolver a situação, dirigiu-se à polícia insubordinada; porém, foi atacado com objetos contundentes e bombas de gás lacrimogêneo, causando-lhe um ferimento na perna e asfixia devido ao gás. Foi trasladado ao hospital militar na cidade de Quito, onde, em seguida foi sequestrado e mantido à força, sem poder sair.

Enquanto isso, movimentos populares tomavam as ruas de Quito, reclamando a libertação de seu presidente, reeleito democraticamente no ano passado com uma imensa maioria. Milhares de equatorianos levantaram sua voz em apoio ao presidente Correa, tentando resgatar sua democracia das mãos de forças golpistas que buscavam provocar a saída forçada do governo nacional.

Apesar dos acontecimentos, há fatores externos envolvidos nessa tentativa de golpe, que movem de novo suas peças.

Organizações financiadas pela USAID e NED pedem a renúncia do presidente Correa, apoiando o golpe de Estado promovido por setores da polícia equatoriana, profundamente penetrada pelos Estados Unidos.

Segundo o jornalista Jean-Guy Allard, um informe oficial do Ministro da defesa do Equador, Javier Ponce, difundido em outubro de 2008, revelou que "diplomatas estadunidenses se dedicavam a corromper a polícia e as forças armadas".

O informe afirmou que unidades da polícia "mantêm uma dependência econômica informal com os Estados Unidos, para o pagamento de informantes, capacitação, equipamento e operações".

Em resposta à informação, a embaixadora dos Estados Unidos no Equador, Heather Hodges, declarou: "Nós trabalhamos com o governo do Equador, com os militares e com a polícia para fins muito importantes para a segurança", justificando a colaboração. Segundo Hodges, o trabalho com as forças de segurança do Equador está relacionado com a "luta contra o narcotráfico".

A Embaixatriz Heather Hodges foi enviada ao Equador, em 2008, pelo então Presidente George W. Bush. Anteriormente, teve uma gestão exitosa como embaixatriz na Moldávia, país socialista que antes fazia parte da União Soviética. Na Moldávia, deixou semeada a pista para uma "revolução de cores", que aconteceu, sem êxito, em abril de 2009, contra a maioria eleita do Partido Comunista, no Parlamento.

Hodges esteve à frente do Escritório de Assuntos Cubanos, como Subdiretora em 1991, divisão do Departamento de Estado, que se dedica a promover a desestabilização em Cuba. Dois anos depois, foi enviada a Nicarágua para consolidar a gestão de Violeta Chamorro, presidente selecionada pelos Estados Unidos, após a guerra suja contra o governo sandinista, que saiu do poder em 1989.

Quando Bush a enviou ao Equador era com a intenção de semear a desestabilização contra Correa, no caso de que o presidente equatoriano se negasse a subordinar-se à agenda de Washington. Hodges conseguiu incrementar o orçamento da USAID e NED para organizações sociais e grupos políticos que promovem os interesses dos Estados Unidos, inclusive no setor indígena.

Ante a reeleição do presidente Correa, em 2009, baseada na nova Constituição aprovada em 2008 por uma maioria contundente de equatorianos/as, a Embaixada começou a fomentar a desestabilização.

A guia utilizada na Venezuela e em Honduras se repete. Tentam responsabilizar ao Presidente e ao governo pelo "golpe", forçando sua saída do poder. O golpe contra o Equador é a próxima fase da agressão permanente contra a Alba e os movimentos revolucionários na região.

Porém, o povo equatoriano se mantém mobilizado em rechaço à tentativa golpista, enquanto as forças progressistas da região se agrupam para expressar sua solidariedade e respaldo ao presidente Correa e ao seu governo.