sexta-feira, 29 de maio de 2009
Seminário sobre a ditadura militar brasileira - dias 4, 18 e 25 de junho - Rio de Janeiro/RJ.
Continuam abertas as inscrições para o Seminário sobre o golpe militar de 1964, que começa semana que vem. Se você estiver interessado, inscreva-se logo, pois as vagas são limitadas.
Seminário sobre a ditadura militar
O golpe militar que derrubou, em 1964, o presidente João Goulart, completou 45 anos. Durante 21 anos, o Brasil foi submetido a uma ditadura implacável, que suprimiu direitos, reprimiu partidos e movimentos sociais, perseguiu, prendeu, torturou e matou. É muito importante que estes fatos e seus protagonistas não sejam esquecidos. As novas gerações precisam informar-se, para que as tentações totalitárias não encontrem terreno fértil.
A ASA contribui para a reflexão sobre o período ditatorial, organizando um Seminário com renomados professores e historiadores. Todas as mesas começam às 19:30 horas, na sala de vídeo.
Eis o programa:
Dia 4 de junho, quinta-feira: O governo João Goulart e a articulação do golpe militar; o projeto econômico da ditadura - Fernando Vieira (doutor em Sociologia, professor de História) e Oswaldo Munteal (doutor em História, professor).
Dia 18 de junho, quinta-feira: Repressão e resistência durante a ditadura – Rubim Aquino (professor, autor de livros de História) e Esther Kuperman (professora, historiadora e doutora em Ciências Sociais).
Dia 25 de junho, quinta-feira: Crise da ditadura, abertura e redemocratização – Modesto da Silveira (advogado, diretor da Casa da América Latina) e Regina Bruno (doutora em Sociologia, professora). No encerramento, o Coral da ASA cantará músicas da época. Como o número de lugares é limitado, pedimos que a inscrição seja feita com antecedência (das 9 às 18 horas, telefones 2539-7740 e 2535-1808 ou pelo e-mail asa@asa.org.br).
O Seminário é gratuito.
O Endereço da ASA é Rua São Clemente 155 - Botafogo - Rio de Janeiro - R.J. Próximo à Estação Botafogo do metrô.
A ASA possui estacionamento pago.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
O "Talo da Brabera" recebeu ontem (dia 27/09/05) a nobre visita de Peter Cordenonsi, diretor do documentário "O Petróleo Tem Que Ser Nosso", disponibilizado na postagem sobre a manifestação em defesa da Petrobras do dia 21/05/09. Peter agradeceu-nos por divulgarmos o trecho de seu documentário (somos nós quem deveríamos agradecê-lo, Peter!) e nos informou que um novo trecho - mais específico sobre a Petrobrás e que inclui imagens da manifestação do dia 21 - estaria sendo disponibilizado por ele.
Nós agradecemos novamente, Peter - pela iniciativa e pela visita!
Fragmento sobre a Petrobrás do filme documentário "O Petróleo Tem Que Ser Nosso - Última Fronteira". Os entrevistados falam da importância, da tentativa de privatização e da descoberta do pré-sal pela Petrobras, patrimônio do povo brasileiro. Um filme em defesa do Brasil.
Direção: Peter Cordenonsi - direção de produção: Vera Moderno - direção de fotografia: Tiago Scorza - som direto: Thiago Sobral - direção musical: José Henrique Nogueira - arranjos: David Ganc - pesquisa: Gisele Rodrigues - projeto gráfico: Substancia 4 - promoção: Sindipetro-RJ e Aepet - Rio de Janeiro, Brasil, 2009®
Mais informações na página de vídeos de Peter Cordenonsi.
sábado, 23 de maio de 2009
E eu com isso!!
(esse texto é pessoal e ninguém é obrigado(a) a concordar comigo - pelo contrário, pesquisem e obtenham informações que retifiquem ou ratifiquem essa opinião e compartilhem!)
Muito temos ouvido falar sobre o "Influenza A", "H1N1" ou "gripe suína" - tanto faz - mas nada (ou quase nada) nos é informado sobre as vítimas dessa doença no México.
Por ano, naquele país, morrem 15 mil pessoas vítimas de doenças das vias respiratórias, a maioria pessoas de baixa renda e que não têm acesso a atendimento médico. Felipe Calderón, presidente mexicano, recomendou que seus compatriotas não saíssem às ruas (muitos dizem que ele fez isso para prevenir as possíveis manifestações de 1º de maio quando os sindicatos e partidos políticos marcaram manifestações que denunciariam a política econômica aplicada no país por sucessivos governos e que reduziram o poder aquisitivo dos trabalhadores).
Certo mesmo é que até agora os laboratórios Roche e Glaxo, os únicos fornecedores de medicamentos para o combate à suposta pandemia de gripe, viram suas ações no mercado crescerem vertiginosamente. Nada mal para tempos de crise financeira, heine?!
Donald Rumsfeld e Dick Cheney, acionistas das empresas agradecem ;)
Existe uma denúncia segundo a qual uma multinacional, que tem 50% de capital estadunidense, instalada no México, teria provocado a tal gripe. Trata-se da Granjas Carroll, que fica em Perote, uma localidade do Estado de Veracruz, cuja metade das ações pertence a Smithfield Foods, Inc., com sede em Virginia (USA). Esta multinacional não opera nos Estados Unidos porque foi punida por terem as suas criações de porco provocado contaminação. Aliás, defensores do meio ambiente no México há algum tempo já tinham advertido sobre a possibilidade de a Granjas Carroll contaminar a área onde está localizada. Tanto o atual governo, como o anterior, de Vicente Fox, ignoraram as advertências.
Nos Estados Unidos florescem campanhas racistas e preconceituosas contras os mexicanos e alguns mais extremistas chegam a defender a proibição de entradas dos estrangeiros. Coisas desse nível: “vou falar desta horrível, horrível história sobre como os imigrantes ilegais trouxeram do México uma variedade mortal de gripe para os Estados Unidos" (Michael Savage, radialista, programa "The Savage Nation", programa que atinge 9 milhões de ouvintes).
No Brasil, logo de cara, os meios de comunicação afirmaram que o país não estava preparado para a pandemia, num misto de terrorismo e de uso político da mídia. Até agora o que temos oficialmente são 9 casos confirmados e 12 suspeitos e só.
Alguém mais está sentindo cheiro de conspiração no ar?
cliquem na imagem e veja o outro lado da situação - a opinião do porco.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Entidades farão ato em defesa de nova legislação do petróleo no Rio
Saudações.
As centrais sindicais, movimentos populares, professores, estudantes e petroleiros que constituem a campanha "O Petróleo tem que ser nosso", farão ato no Rio de Janeiro em defesa do petróleo, por uma nova lei do petróleo e por uma Petrobrás pública e com compromisso social, nesta quinta-feira (21/5).
A concentração começa às 9h na Candelária e, depois, os manifestantes seguem até a Petrobrás.
O ato desta quinta-feira está dentro das linhas da campanha unitária, que pretende fazer um grande mutirão nacional para debater a necessidade do controle público do petróleo e gás, para melhorar a vida do povo brasileiro e garantir a soberania nacional.
Na semana passada, mais de 30 organizações realizaram a 3ª Plenária Nacional da campanha, onde fizeram definições importantes, que selam a unidade na defesa das riquezas do pré-sal, estimado em mais de 50 bilhões de barris de petróleo.
As entidades farão a coleta de assinaturas para um abaixo-assinado unitário, por meio do qual se pretende abrir um grande debate nacional sobre o petróleo. As organizações buscarão atingir a marca das 1,3 milhões de assinaturas, número necessário para enviar um projeto de lei de iniciativa popular ao Congresso Nacional.
O documento também será enviado ao presidente da República.
O abaixo-assinado do projeto de lei pretende "assegurar a consolidação do monopólio estatal do petróleo, a reestatização da Petrobrás, o fim das concessões brasileiras de petróleo e gás, garantindo a destinação social dos recursos gerados".
Entre outras entidades, participam da campanha FUP (Federação Única dos Petroleiros), Sindipetro-RJ (Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro), CUT, CTB, Intersindical, PCB, MST, MAB, Via Campesina e Assembléia Popular.
sábado, 16 de maio de 2009
Que me perdoem os insensíveis...
Fico sob forte suspeita em me emocionar com esse vídeo, sendo eu um católico, comunista, pacifista e cartunista.
Não o coloquei aqui visando demonstrar as artimanhas da propaganda de guerra . O interesse dos que produziram esse vídeo não sujam a arte final. Sabemos para que fim foi feito. Mas o meio não poderia ter sido mais belo. Não vem neste para mostrar o que a propaganda propunha.
Mas a beleza plástica desse vídeo, no todo, me deixa triste em saber o quanto se gasta, entre tempo e dinheiro, com o ódio e o pouco que se importa com a arte.
A musica tema de fundo sob as palavras de dor num texto onde a amargura sobrepõe-se sobre a poesia. A figura amalgama da Virgem e Budha expõe nesse vídeo um toque genial de espiritualidade de uma amplitude belíssima do autor, e principalmente, o sentimento que provoca o sofrimento a maior vitima da incompreensão entre nós humanos, seja no âmbito familiar, na sociedade ou no teatro da guerra.A criança.
E que atire a primeira pedra aquele que nunca pensou na utopia de um mundo sem ódio.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Paul Singer: "Economia solidária pode ser saída para a crise."
Clube de trocas, cooperativas de trabalhadores e de consumidores, bancos comunitários.
Essas podem ser as melhores respostas à crise econômica.
A Economia Solidária ganha cada vez mais espaço no mundo e, no Brasil, não é diferente. Iniciativas dinâmicas como essas dão condições de sobrevivência às periferias - sejam das grandes cidades, das de pequeno e médio porte, seja no campo.
Existe até a Secretaria de Economia Solidária, encabeçada pelo economista Paul Singer, que é ligada ao Ministério do Trabalho. Ele explica que a diferença entre Economia Capitalista e Economia Solidária é que a capitalista se baseia essencialmente na propriedade privada, de meios de produção, ou seja, as fábricas, os escritórios, as clínicas, tudo tem dono. Esse dono é quem emprega trabalhadores em troca de um salário e que os trabalhadores façam o que ele manda. Na economia capitalista, a empresa está inteiramente a serviço dos interesses do dono, que é maximizar o lucro. Nem consumidores, nem trabalhadores têm poder. Quem tem poder é quem tem o capital.
Na economia solidária não tem isso.
Os donos dos empreendimentos são os trabalhadores ou os consumidores. Isso funciona, por exemplo, na forma de cooperativas, que podem ser:
- de produção, que são também chamadas de cooperativas de trabalhadores - em que não existe patrão, os próprios cooperados administram o empreendimento de forma coletiva, dividem o capital entre eles, por igual, e nas decisões que precisam ser tomadas, cada um tem um voto - ou de consumidores
- de consumidroes - em que pessoas que se juntam para atividades de proveito total deles. É o caso das escolas cooperativas - em que os pais dos alunos são sócios e mantém a escola - as cooperativas de habitação - em que as pessoas se associam para ter casa própria, algumas vezes trabalhando e produzindo a casa em regime de mutirão, outras vezes, só colocando dinheiro, para que se possa construir prédios e apartamentos; cooperativas na área de saúde - onde pessoas se juntam para fazer um plano de saúde e quem manda é quem usufrui do serviço.
Outro exemplo de economia solidária são os Clubes de Troca.
Em locais onde há poucos empregadores ou pouca fonte de renda cria-se um "novo mercado" baseado na troca de bens e serviços - chega-se mesmo a criar uma "nova moeda socia" que circula nesse novo mercado. Além dos benefícios óbvios - a possibilidade de adquirir o que não se precisa - o Clube gera integração e mobilização social.
Existem ainda os Bancos Solidários.
Os bancos comunitários são uma espécie de clube de troca mais amplo. Eles podem até receber depósitos. Se o empréstimo é em real, eles cobram juros. Comparando com o Brasil, que tem taxas inacreditavelmente altas, eles cobram pouco, cerca de 2% ao mês ou até menos. Isso porque os reais que eles têm são do Banco Popular do Brasil, que cobra algum juro. Mas se o empréstimo é na moeda social, não há juros.
Os primeiros foram o Banco Palmas, no Conjunto Palmares (uma comunidade carente de Fortaleza) e o BEM, no Morro de São Benedito (Vitória).
O objetivo é fazer com que o dinheiro da comunidade seja gasto na própria comunidade e com seus membros.
Mais informações sobre Economia Solidária aqui.