Saudações.
Passou me despercebida a data - assim como fizeram-se de mudos os meios de comunicação sobre o tema.
Há 35 anos nossos irmãos portugueses desfizeram-se da "mão armada" de Salazar e Caetano que insistiam em violentar e subjugar Portugal.
Não vou me extender sobre o tema - que, diga-se de passagem é extremamente nobre e deve ser conhecido por todos (clique aqui e aqui (texto do Laaz no Atitude Opinião) e saiba um pouco mais) - apenas quero deixar dois momentos simbólicos dos mais importantes para aquele povo e para todos que acreditam na Liberdade.
No dia 24 de Abril de 1974, um grupo de militares comandados por Otelo Saraiva de Carvalho instalou secretamente o posto de comando do movimento golpista no quartel da Pontinha, em Lisboa.
Às 22h 55m é transmitida a canção ”E depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho, pelos Emissores Associados de Lisboa, emitida por Luís Filipe Costa. Este foi um dos sinais previamente combinados pelos golpistas e que desencadeou a tomada de posições da primeira fase do golpe de estado.
O segundo sinal foi dado às 0h20 m, quando foi transmitida a canção ”Grândola Vila Morena“, de José Afonso, pelo programa Limite, da Rádio Renascença, que confirmava o golpe e marcava o início das operações. O locutor de serviço nessa emissão foi Leite de Vasconcelos, jornalista e poeta moçambicano.
O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974: ao amanhecer as pessoas começaram a juntar-se nas ruas, solidários com os revoltosos; um soldado, ao avistar uma florista, pede a ela um cravo vermelho e coloca-o no cano de sua arma. O gesto logo foi copiado pela multidão e, em pouco tempo, passou a simbolizar a esperança de um novo tempo para Portugal.
Até breve.